OS JORNALISTAS PORTUGUESES
Este livro centra a sua atenção na relação entre os problemas do acesso ao jornalismo e as transformações tecnológicas e económicas que incidem, de forma penetrante, nas práticas e perfis profissionais dos jornalistas portugueses, com ênfase particular desde os anos 1990. O período estudado reporta-se a essa altura e até aos nossos dias. A principal hipótese explorada pela autora é a de que se tem assistido, neste intervalo, a modificações de grande alcance, quer na concepção e práticas do jornalismo, quer no contexto mais próximo em que o seu exercício profissional se actualiza.
A hipótese avançada tem subjacente a ideia de que o jornalismo está situado e condicionado, de uma forma nevrálgica, nas enormes mudanças que as sociedades contemporâneas têm vindo a conhecer, como produto do dinamismo técnico-económico e da orientação globalizante neoliberal. A autora refere-se à conjugação dos movimentos de inovação tecnológica com as realidades da esfera comercial, numa fase em que o mercado é imposto como único mecanismo de regulação da economia.
Como se processa a entrada na profissão de jornalista em Portugal? Obedece a algum modelo? Existem critérios universais de qualificação? Verifica-se algum padrão de atributos necessários ao exercício do ofício e que tenham relevância para a entrada na profissão? O enquadramento legal é respeitado? Qual o papel da escolaridade no ingresso e exercício da profissão? E o do estágio? Qual a relação entre as orientações empresariais para a entrada na profissão e as situações de precariedade? Até que ponto a presença – ou ausência – de uma delimitação precisa e reconhecida do que é ser jornalista, contribui – ou não – para a própria independência do jornalismo? Para onde apontam, a este respeito, os principais dilemas que envolvem a profissão, no actual quadro de mutação tecnológica e de aguda competição empresarial?
A hipótese avançada tem subjacente a ideia de que o jornalismo está situado e condicionado, de uma forma nevrálgica, nas enormes mudanças que as sociedades contemporâneas têm vindo a conhecer, como produto do dinamismo técnico-económico e da orientação globalizante neoliberal. A autora refere-se à conjugação dos movimentos de inovação tecnológica com as realidades da esfera comercial, numa fase em que o mercado é imposto como único mecanismo de regulação da economia.
Como se processa a entrada na profissão de jornalista em Portugal? Obedece a algum modelo? Existem critérios universais de qualificação? Verifica-se algum padrão de atributos necessários ao exercício do ofício e que tenham relevância para a entrada na profissão? O enquadramento legal é respeitado? Qual o papel da escolaridade no ingresso e exercício da profissão? E o do estágio? Qual a relação entre as orientações empresariais para a entrada na profissão e as situações de precariedade? Até que ponto a presença – ou ausência – de uma delimitação precisa e reconhecida do que é ser jornalista, contribui – ou não – para a própria independência do jornalismo? Para onde apontam, a este respeito, os principais dilemas que envolvem a profissão, no actual quadro de mutação tecnológica e de aguda competição empresarial?
AUTOR: Sara Meireles GraçaEDITORA: MinervaCoimbraANO: 2007FONTE:MINERVACOIMBRA
1 comentário:
Tive a possibilidade de assistir a uma palestra da autora do livro, Sara Meireles, sobre o conteúdo do mesmo e posso adiantar que o tema é muito interessante e a investigadora chegou a interessantes conclusões. Outra coisa importante a salientar é que a autora além de docente universitária, foi (não tenho a certeza se ainda é) jornalista durante muitos anos... Isto vai ao encontro da ideia que defendo: a investigação em jornalismo tem muito a ganhar com a experiência profissional dos investigadores. Não é só a prática jornalística que precisa de teoria, a teoria do jornalismo também precisa da prática.
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