segunda-feira, 2 de abril de 2007

NOVA ERA DO JORNALISMO

Jornalismo em rede em vez do «cidadão-repórter»

Os jornalistas e os cidadãos comuns devem trabalhar em conjunto, formando redes que permitam expandir as notícias, afirma Jeff Jarvis, professor de Jornalismo na Universidade de Nova Iorque.
FONTE: SOL | LUSA | PÚBLICO


Um artigo que vale a pena ler com atenção e até ao fim. Curiosamente (ou talvez não) está dentro daquilo que apresentei no 3 encontro de weblogues no Porto, do conceito de novo ecossistema dos media. Acredito que será este o melhor caminho a seguir.

2 comentários:

Unknown disse...

Actualmente assistimos cada vez mais a esse fenómeno do jornalismo "interactivo", ou melhor dizendo, "jornalismo em rede".
Os cidadãos, hoje em dia, trabalham em linha com os jornalistas, já não são estes últimos os únicos a denunciar "injustiças", mas sim o próprio cidadão também o faz, através ,por exemplo do programa transmitido pela SIC - "Nós por Cá".
Mas o papel do actual "cidadão- jornalista" não se resume apenas à denúncia, mas também, e com mais frequência ao comentário que é possível fazer no final de cada notícia publicada em sites, podem expor a sua opinião...
Ainda mais, os blogues são, muitas vezes considerados autênticos depósitos de notícias ou artigos de opinião.

Penso que é bastante positiva esta evolução dos papéis pois trabalha-se cada vez mais em "comunidade". Nós precisamos sempre de alguém, é-nos impossível trabalhar sozinho.
Para ilustrar isto vou dar um exemplo:
Um dia, estava eu a estagiar, e foi-nos dito que tinha havido um acidente de viação e o repórter e eu dirigimo-nos prontamente ao local do acidente. Mas como demorámos algum tempo a chegar, por causa do trânsito, quando lá chegámos já a ambulância tinha levado os feridos e os carros já estavam a ser rebocados. Portanto as fotos que tirámos não foram muito elucidativas. Para meu espanto, mal cheguei à redacção, um colega já tinha recebido umas fotos de um indivíduo que tinha tirado mal o acidente ocorreu e estavam tão boas que foram essas que acabaram por sair no jornal.

Isto tudo para dizer que considero bastante positivo e útil a parceria entre os jornalistas e os cidadãos.

Unknown disse...

O "Jornalismo em rede" é cada vez mais uma realidade presente nos dias de hoje, a que ninguém é indiferente.
O jornalista como profissional ,está intrinsecamente ligado ao cidadão comum, uma vez que muitas notícias chegam mais rápidamente à redacção pela “voz do povo”. É ainda importante referir , a existência de vários programas televisivos bem como outras novas tecnologias , que permitem também ao próprio cidadão intervir directamente com a sua opinião , conferindo-lhe uma autonomia total. Os sites de Internet noticiosos ou mesmo os blogues ,são considerados o melhor meio de divulgação,informação e opinião actualmente, daí concordar plenamente com a designação referida inicialmente.

Antes de sermos “algo”ou usufruirmos de qualquer estatuto académico, devemos lembrar-nos que somos primeiramente cidadãos, logo devemos pensar que o direito á opinião, é um direito por si só adquirido e inabalável. No entanto , considero que a afirmação de Jeff Jarvis “ qualquer pessoa pode ser jornalista” tem as suas limitaçõesa a vários níveis ,uma vez que assim também não fazia sentido existir licenciaturas para tal efeito.Contudo concordo plenamente, que ambas as partes-cidadãos e jornalistas- trabalhem e colaborem mutuamente em comunidade , para a possibilidade de ampliação do espaço informativo bem como a inovação do jornalismo, através da revolução digital.

O jornalismo terá que ser visto futuramente, como uma arma universal para a comunicação ,em que existirá um trabalho conjunto de diversas pessoas das mais variadas àreas, onde o cidadão terá um papel principal.