«Provedora do Le Monde defende "publinotícia" na 1.ª página»
À primeira vista confunde-se com um artigo noticioso normal: o tipo de letra é o mesmo, o texto é ilustrado com uma pequena imagem (referente à ópera Carmen de Bizet), foi paginado num dos locais mais nobres do jornal - a capa - e até é o texto mais extenso da primeira página. Mas o artigo do lado direito, em cima, é, afinal, sobre a mais recente promoção do diário francês Le Monde: uma colecção de ópera lançada no passado sábado, cujo primeiro DVD e livro explicativo custavam apenas dois euros. E o texto não tem qualquer indicação de que se trata de publicidade.FONTE: PÚBLICO
Ao contrário da Provedora do jornal francês o texto não me parece tão inocente. Independentemente de ser uma "promoção" dum brinde do jornal torna-se enganosa a forma como é apresentada a informação. Se tal já é condenável no interior do jornal, mais o é sendo na primeira página.
3 comentários:
Sobre este caso o PONTOMEDIA diz:
»»Le Monde confunde informação e publicidade
JUAN Antonio Giner diz, no seu blog, que algo está muito mal no negócio dos jornais quando Le Monde resolve fazer na sua manchete um texto sobre uma colecção que vai lançar. O caso é grave, mesmo muito grave. Para além de violar as próprias regras do jornal, confunde, num nível até aqui nunca atingido, informação e publicidade.
http://ciberjornalismo.com/pontomedia/?p=1717
Esta confusão entre informação e publicidade não se passa unicamente na imprensa escrita.
Recordo que as televisões portuguesas tiveram à bem pouco tempo que assinar um acordo tácito que obrigava a que situações como as que aconteceram na TVI("notícias" sobre o Big Brother) fossem trancadas ao horário noticioso das televisões.
Este episódio (Le Monde),parece uma tentativa desesperada de usar a informação, ou o seu espaço e formato, como catapulta empresarial.
É, da minha parte, evidentemente reprovável esta mercantilização da informação.
Ora aí está outro bom exemplo. A delimitação do que é publicidade e do que informação existe para primeiro respeitar o leitor e não o enganar, segundo para defender a credibilidade do órgão de informação. E não se esqueçam que o mais importante para um órgão de comunicação é a sua credibilidade sem a qual a informação não tem valor.
Enviar um comentário