domingo, 4 de fevereiro de 2007

«Jovem carenciada afinal não ganhou bolsa»

Uma jovem de 22 anos fingiu tem vencido as Olimpíadas Portuguesas da Matemática, ter ficado em quinto lugar nas Olimpíadas Europeias e ter depois recebido como prémio uma bolsa de estudo na Universidade de Oxford.
Mas afinal toda a história não passava de uma grande mentira. A falsa notícia apareceu pela primeira vez, em Março de 2006, na Agenda Cultural da Câmara Municipal de Sintra. A história tinha sido veiculada pela Obra Padre Gregório, uma instituição de apoio a crianças carenciadas, onde Sónia Moreira vive desde os três anos de idade.
Sónia Moreira foi também notícia na SIC e ainda ludibriou os programas «Fátima Lopes» e «Você na TV». Depois disso, descobriu-se a mentira. A suspeita foi levantada pelo jornal «Tal & Qual», que publicou as denúncias de uma ex-funcionária da Obra do Padre Gregório.
FONTE: TVI

A questão que se coloca aqui é: Como é possivel não haver confirmação das fontes? Como os jornalistas podem ser tão facilmente enganados?
Futuros jornalistas comentem e aprendam com este caso que CONFIRMAR TODAS AS INFORMAÇÕES DADAS PELAS FONTES.

3 comentários:

João Simão disse...

O que aqui ganha também contornos interessantes é o facto de ter sido o TAL & QUAL a confirmar os factos e a denunciar toda esta falsa mentira. Não o terá sido um jornal de referência pois este não é o tema de informação principal, mas pelo que aparenta os jornais sensacionalistas também se preocupam com a confirmação de factos.
A qualidade do jornalista não se mede pelo jornal onde trabalha mas sim pela qualidade do seu trabalho.

Susana M Fonseca disse...

Não é por acaso, que os jornais de referência, são de referência. Significa que todo o seu trabalho tem sido rigoroso (tanto quanto possível e permitido), executado por profissionais competentes (e repito: tanto quanto possível e permitido). Isto não invalida erros nem tão pouco é a asserção de que a “A qualidade do jornalista não se mede pelo jornal onde trabalha”
A pergunta que eu ponho é, até que ponto, a qualidade do trabalho de um jornalista depende de uma agenda, nem sempre honesta do ponto de vista intelectual, que manipulada por interesses ou ideologias, não é isenta, absoluta, correcta e eficaz.

Inês Aroso disse...

O caso da falsa doente oncológica, que enganou, médicos, vizinhos, familiares, entidades camarárias, etc. também merece reflexão. Neste caso, os media não foram "enganados", mas noticiaram a mentira já desmascarada. A componente humana e ética é muito delicada. Que tratamento estão a dar a isto? Será interessante analisar o desenvolvimento.